Futuro brilhante para o Gripen, na visão da Saab e na opinião do Poder Aéreo
Mostramos a seguir os slides da apresentação feita no último sábado por Hans Rosén da Saab, sobre o futuro do mercado de caças e as expectativas promissoras de vendas do Gripen.
O caça sueco não foi projetado incialmente para exportação, mas suas características o tornam um vencedor no mercado internacional de caças: baixo custo de aquisição e operação, facilidade de manutenção e total compatibilidade com armas da OTAN.
O F/A-18E/F e o Rafale também foram projetados primariamente para as forças de seus países, mas como nasceram de requisitos operacionais navais, são bimotores, maiores e mais caros. Para a maioria dos países, seu custo é proibitivo.
Devido ao envelhecimento dos caças de 3a. geração, existe uma janela de oportunidade entre 2010 e 2025 para o fornecimento de pelo menos 2.500 caças.
A entrada do Brasil como parceiro da Suécia neste mercado seria bastante oportuna. Os outros concorrentes do F-X2 não terão as mesmas chances de sucesso de exportações.
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A verdade é a seguinte: excetuando-se EUA, Rússia, China e, talvez, França, a partir de 2020, quem não for de F-35, T-50 (?), algum lixo chinês, ou ficar no retrofit de velharias, irá de Gripen.
Porque? Simples: é o “bom e barato”. Como foi o F-5 pro ocidente, ou o MiG-21 pro oriente no cenário da Guerra Fria.
E caras, se a SAAB ganhar só 30% do que ela projeta, já é caça pra caramba.
Sds.
Só para completar, o MMRCA (o F-X2 indiano) tem como um dos seus principais REQUISITOS, o ME-NOR PRE-ÇO.
Assim sendo, digam adeus ao Rafale no MMRCA.
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Caro Alexandre,
Duas humildes sugestões que penso, apoiam o Destaque.
O texto que sugeri no post passado.
Vale a tradução.
E abrir um debate sobre a mais nova aquisição da Venezuela (Su-35).
É isso? Ou cheguei atrasado?
Já foi comentado?
E se a SAAB obtiver encomendas do Gripen Naval por Índia e Brasil, aí o mercado pega fogo!!!
Roberto F Santana disse:
17 de junho de 2010 às 12:16
Caro Roberto, eu não diria atrasado, mas equivocado.
NÃO existe nenhuma compra, por parte da Venezuela, de SU-35.
Junto com a Argentina, a Venezuela tem a maior possibilidade de quebrar, assim dando calote em seus credores internacionais.
O CDS da Venezuela está nas alturas.
O que existe é uma linha de crédito russa que, para ser exercitada, a Venezuela deverá dar garantias, porém ela não as têm.
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Observar no slide intitulado “american/asian opportunities”, no bloco referente ao Brasil: “Presidential Decision June 2010 (?)”. Assim, com “?” mesmo.
Obrigado, ZE.
Mas se confirmar, vou passar a chamar Hugo Chaves de senhor Hugo Chaves.
Mais uma matéria de puro marketing da Saab, tsc tsc.
(achei por bem ser o primeiro a escrever isso – justamente porque é isso mesmo que está em discussão na matéria – o marketing da Saab para o Gripen, suas possibilidades, o acerto ou não dessas projeções etc)
Alguém tem os desenhos dos projetos do ng e do c/d para colocar lado a lado, assim poderiamos ver as diferenças de dimensão entre eles.
CAL, as dimensões externas da fuselagem são as mesmas.
Mudou a posição do trem de pouso, que antes recolhia para a fuselagem, agora para carenagens na junção asa / fuselagem.
Essas duas imagens podem ajudar, mas vou procurar por outras publicadas por aqui:
Mais uma matéria de puro marketing da Saab, tsc tsc.
E nem a Suécia aposta no modelo, não existe NG apenas Demo, o radar só fica pronto em 2050, o governo já decidiu e só falta anunciar.
Pronto, já economizamos o trabalho para os rafaletes.
Eheheh, Grifo, a intenção não foi exatamente essa, de economizar o trabalho alheio (estou só tirando uma onda com a guerra de torcidas que costuma rolar aqui…)
Na real, o que sugiro é justamente sair dessa argumentação e discutir essas projeções do marketing, que na opinião do Blog fazem sentido em muitos aspectos, como projeções.
CAL, complementando as ilustrações anteriores com uma que saiu aqui no Blog, mostrando a configuração do trem de pouso do NG e a nova disposição de pilones, numa asa que aparentemente já projeta as modificações que serão incorporadas:
http://www.aereo.jor.br/2010/04/08/carta-da-ciesp-aberta-a-nacao/
Roberto, No ano passado (2009), o PIB da Venezuela CAIU 3%. Esse ano (2010), o PIB deles deverá CAIR outros 4,8%. A inflação decolou (o SU-35, não. Mas a INFLAÇÃO, sim). Ela deve chegar à 20%. Como você deve saber, a inflação devora o poder de compra da população, criando agitação social. Se eu fosse o DITADOR Chávez, antes de comprar qualquer coisa (até porque ele não tem dinheiro, nem garantias para dar aos Russos), eu trataria de colocar a economia do país em ordem. OBS: não se preocupe, não. Você não vai chamar o Chávez de Senhor, mas sim… Read more »
E essa configuração do trem de pouso do NG para dentro de carenagens nas asas, influencia positiva/negativamente na instalação do gancho em sua eventual versão naval ?
Quem não for de F-35, Rafale e Typhoon (quase toda a Europa, exceto a Suécia, e mais o Brasil que vai de Rafale e a maioria dos países árabes, que se dividem entre equipamentos franceses, do consórcio do Typhoon e americanos), de SU-35/T-50 (Russia, India, Venezuela, alguns países que tradicionalmente usam equipamentos russos, tanto na Ásia como na África, países alinhados com este bloco), quem não for de caças chineses (como a própria China, por exemplo, o que não é pouca coisa), quem não for aliado estratégico dos EUA (tipo Israel, Austrália, Japão etc.), quem não se interessar pelos F-15… Read more »
ZE,
Eu disse senhor e não Senhor, este só Deus.
De fato é um ditador.Mas um nação que obriga seus cidadãos a votar, não fica longe.
Essas loucuras às vezes acontecem justamente num quadro social que você bem apresentou.
Quer rir um pouco? veja isso:
http://www.youtube.com/watch?v=nqtsVncJ1mQ
Repare no audio inicial.
Hornet, ok, qual o futuro de exportações do Rafale? Quantos países operam o Rafale além da França? Quantas concorrências já venceu?
Qual o brilhante potencial de exportação do Rafale para a América do Sul, Ásia e África?
Só não vê quem não quer…
Este estudo de mercado da Saab lembra muito o estudo que a Embraer fez para avaliar as possibilidades do KC-390. Existe um número “x” de aviões espalhados por “y” países e que serão substituídos em “n” anos. E da mesma forma que o C-130 (na sua versão mais atualizada) continua ganhando mercado no seu nicho, nada impede que o F-16 (na sua versão modernizada) continue também. O maior rival do Gripen NG poderá ser o F-16 block qualquer coisa. PS: Na minha opinião o primeiro cliente de Rafale, não será nem Brasil nem Índia, mas sim algum país do Oriente… Read more »
Galante,
vejo como sendo da mesma ordem do NG. Nada de brilhante. Se conseguir vender para um ou dois países já será muito. Com a vantagem que o Rafale já é operado pela França e será pelo Brasil.
Rafale 2 X 0 NG…
Placar real do momento.
abração
Precisamos do FX2 pra participar do desenvolvimento do Gripen? O FX2 já era (não sai mais esse ano)!
Voltando ao tópico:
Críticas:
A Saab tomando em conta todos os países ,exemplo América Latina e Caribe, já derrapa na primeira curva.
Qual é a probabilidade do Suriname comprar o Gripen?
Segundo Quadro:
Mercado acessível entre 2010 e 2025?
O que o Mig-15,Mig-17,Mig-19 estão fazendo aí?
volto…
Hahaha, Hornet:
Gripen 5 x 0 Rafale.
Hehehe, Galante, é que você não é um “insider” e não tá sabendo da coisa toda: o Zimbábue anunciou recentemente que vai adquirir 150 Rafale F3. Assim igualmente o Paraguai, com 80 unidades, o Uruguai com 100, e Los Hermanos com 200. E nem te falo, mas Mianmar vai comprar uns 200 F3, mais uns 35 M, pra equipar seu novíssimo NAe…
Tudo isso porque ele é muito “balato”… 🙂
Ainda melhor, Roberto.
Assim, você continuará chamando D’us de Senhor e o Chávez de DITADOR.
Se eles não abrirem o olho já, logo eles não terão nem dinheiro para a manutenção de suas Forças Armadas (incluindo os Sukhoi que possuem).
Ainda melhor.
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Em tempo: vejo mais possiblidades da SAAB exportar caças C/D que NG. países que já compraram o Gripen são países geograficamente pequenos, não precisam tanto de maior autonomia, que seria o “trunfo” do NG. Basta fazer como a Suécia está fazendo, modernizar a eletrônica do C/D que se tem um caça eficaz e sem precisar entrar em risco com o desenvolvimento do NG. O NG, na minha opinião, foi um tiro no próprio pé que a SAAB deu. O momento de se desenvolver caças de 4,5 geração já passou. A questão agora é melhorar os 4,5 geração que já existem… Read more »
Hornet, vc tá por fora do NG. A Suécia precisa dele.
Tiro no pé é o Brasil comprar o Rafale.
Break para o humor,
Vocês já viram o Bob Hoover no KC-10?
http://www.airliners.net/photo/USA—Air/McDonnell-Douglas-KC-10A/1724855/L/
Eu veria como mercado potencial qualquer nação não totalmente alinhada com EUA ou Rússia que queira um caça multirole bbb (bom, bonito e barato). Isto vai desde antigos clientes russos de Mig 21/23 como Índia e países da Europa oriental, a países ocidentais que não tenham bala na agulha ou inclinação política para entrar no F-35, como Brasil, África do Sul, México ou Argentina. São os atuais clientes de F-5 ou Mirage III. Também acho que o maior concorrente do Gripen NG é o F-16, de primeira ou segunda mão. Vamos ver muita gente simplesmente modernizando células existentes com nova… Read more »
Por falar em engraçado, o que mais me matou de rir por parte da Dassault, foi que eles se comprometeram a colocar em contrato que o Brasil teria o mercado da América Latina para o Rafale. Pô, qual é o país rico, com grande população que irá comprar o Rafale na América Latina. Só tem país pequeno, pobre, ou endividado na América Latina. Se nem o Brasil tem condições de comprar o Rafale, quem dirá o Haiti, Bolívia, Honduras, Suriname, Guatemala, Panamá… Outra coisa engraçada, iríamos “exportar” CKDs (kits vindo da França) para esses países da América Latina. É o… Read more »
Eu realmente me divirto nesse blog.
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Zé, pois é, essa do Brasil exportar o Rafale para a América Latina foi o fim da picada. Talvez o Paraguai queira…
Hornet escreveu:
Rafale 2 X 0 NG…
Placar real do momento.
Hornet, sendo honesto o placar está 0x0. Nem a Força Aérea da França está usando o F3 com AESA e nem a Força Aérea da Suécia está usando o NG.
Ou se você preferir está 1×1, pois ambas se comprometeram a comprar os respectivos aviões.
Também pode optar pelo placar 5×1 comparando todos os usuários de Gripen com todos os usuários de Rafale.
Ou seja, fica por conta do freguês. Cada um escolhe a sua comparação. Se é laranja com abacaxi, uva com limão, etc.
Abraços
Grifo, Realmente o grande concorrente dos Gripen é os F-16. Mas em ordem inversa, primeiro os usados MLU e em seguida os novos. Ao menos é o que se esperava. A previsão é que iria sobrar FighterFalcon usado quando o F-35 Lightning II entrasse em operação. Contudo, com o atraso do programa JSF, há a possibilidade dos operadores de F-16 necessitarem dos mesmos até o osso. Um detalhe apenas. Nossa ótica é pelos caças ocidentais. Mas o mundo está globalizado, mudou muito. Talvez tenhamos que desviar um pouco o olhar para o oriente, com J-10, JF-17 e outros, talvez menos… Read more »
Gostaria de saber de Alexandre Galante se,
durante a apresentação alguém questionou os números, comfrontou os dados com a crise atual na Europa,etc.
Houve alguma
ponderação nesse sentido?
Ou seja, tinha algum chato lá?
Roberto, tinha muitos chatos. Sim, tudo isso foi levantado. Mas a Saab está confiante, já que conseguiu 4 clientes de exportação, desde que começou a concorrer com o avião.
Defensores do Rafale, falando mal da venda de outros caças?!!?!?
Isso aqui está ficando surreal !! rsrsrsrsr!!!
Há um outro meio de ver o placar Gripen NG X Rafale. O Gripen NG tem 50% de comunalidade com o Gripen C/D. Este já tem mais de 225 aeronaves produzidas. Deste modo, o Gripen NG já nasce com ESCALA. O motor do Gripen NG é o F-414 (o mesmo que equipa o Super Hornet e o Growler), com mais de 1.000 exemplares já construídos. No ano chave para o F-X2 (ano de 2015), haverá 539 Super Hornet e Growler (todos usando o mesmo motor do Gripen NG, o F-414). Nesse mesmo ano, SÓ 1 (UM) RAFALE SERÁ CONSTRUÍDO !!!!!!!… Read more »
Guilherme Poggio, Para comparar tem que ter radar AESA, HMD e Datalink. Não vou cobrar supercruise em homenagem aos amigos rafalemaníacos… O placar então é 0 x 0 mesmo. Contudo, lembro aos incautos que duas empresas americanas já venderam aeronaves com radar AESA, HMD, Datalink e Supercruise (mesmo que marginal). Quais: 1ª) Lockheed/Martin F-16 E/F Desert Falcon; com 01 gol; 2ª) Boeing F-18 E/F Super Hornet. com 02 tentos marcados. Sou gripeiro, mas reconheço o avanço tecnológico americano… Então como ficaria o placar? Rafale ……………….. 0; Gripen ………………. 0; Desert Falcon …….. 1; Super Hornet ……… 2. Abç, Ivan, o… Read more »
Galante, você perguntou qual dos 2 caças passaram no teste em Leh ?
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Quero dizer, os dois que passaram (dentre os 6 caças).
Amigo Hornet,
Gostaria de saber qual é linha que divide o 4.0 e o 4.5 (geração).
Dá uma olhada nisso:
http://www.lockheedmartin.com/products/f16/f16in/index.html
F-16IN 4ª geração, honesto ? Ou merecia uma promoção?
ZE,
Ou vc escreve muito rápido ou já tem os arquivos de texto prontos para usar Ctrl C e Ctrl V… Putz, que velociade.
Já estou até decorando os números.
Mas o melhor é que vc tem razão…
Grande abraço,
Ivan.
Bosco,
Cadê vc?
Levantei a bola para o seu Super Hornet, agora vc precisa aparecer para o jogo…
Abç,
Ivan.
Sim Zé, mas não souberam com certeza. Mas provavelmente os que passaram foram o F-18 e o Gripen NG.
Galante,
E o F-16 IN ?
Certamente tem potência suficiente.
Ivan.
Ivan, também, é verdade. Mas chuto os que têm o mesmo motor…rs
Muito obrigado, Ivan.
Eu até já escrevi um grande post direcionado a você (faz uns 2 meses) !!!
Era sobre a crise econômica: Option Arms, Alt-A, quantitative easing…
Como você bem sabe, eu não tenho 3 nicks.
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off topic:
Sugestão de leitura. Estou acabando o novo livro do Roubini
Crisis Economics: A crash course in the future of finance.
Creio que já tem em Português.
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Alexandre Galante disse:
17 de junho de 2010 às 14:16
“Zé, pois é, essa do Brasil exportar o Rafale para a América Latina foi o fim da picada. Talvez o Paraguai queira…”
O Paraguai….
Ihhhhh !!!!
Galante, agora você me deixou com medo, com muito medo.
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Ele está falando do Rafale 1/48 da Revell.