Modernização dos F-5: ainda faltam oito células
Roberto Godoy
Os dias andam agitados na linha de produção de máquinas de guerra, a 300 quilômetros de São Paulo. A fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto, está abrigando uma frota de combate: oito supersônicos F-5E, três caças bombardeiros AMX, e três A-4 Skyhawk, da Marinha, todos passando por um amplo programa de modernização tecnológica.
Novos, há dez turboélices de ataque leve, Super Tucanos. Um deles, do lote de 12 unidades vendido para o Chile, foi entregue na quinta-feira. Outro, com a camuflagem em padrão digital da Força Aérea do Equador, outro país cliente, aguardava liberação da equipe técnica para o dia seguinte.
Ao lado desse hangar, onde câmeras fotográficas não são bem recebidas e é conveniente que as pessoas vestindo farda não tenham nome nem rosto, o clima é outro. Dali saem os sofisticados jatos Phenom executivos. O preço começa em US$ 3 milhões. Quem tiver todo esse dinheiro e puder pagar agora, só vai conseguir com isso garantir um lugar na fila para receber o avião apenas em 2013.
Há voos o dia todo, decolando e pousando na pista de cinco quilômetros de extensão, repleta de sensores e recursos de teste. Nesse ambiente, pouca coisa é capaz de atrair a atenção dos 2,2 mil técnicos que trabalham na área. Uma delas, talvez a única, rugia as cinco toneladas de força das turbinas duplas às 10 horas de sexta-feira o caça F-5EM, a versão modernizada do modelo II/E da Northrop americana, comprado em sucessivos lotes desde 1974 pela aviação militar, tira o pessoal de dentro dos pavilhões.
“Há torcedores aqui como em clubes de futebol”, conta o engenheiro Juliano Castilho. Em sua equipe há um funcionário que guarda anotados detalhes de todos os voos, desde o primeiro, em 2003, dos 38 supersônicos que já passaram por Gavião Peixoto. O caça renovado pela Embraer, associado à israelense Elbit, superou expectativas e vai voar até 2021, afirma um ex-gestor do programa, avaliado em US$ 420 milhões.
Para o atual vice-presidente de Mercado de Defesa, Orlando Ferreira Neto, “o principal benefício para a empresa foi, sem dúvida, desenvolver a capacitação no aperfeiçoamento eletrônico das aeronaves e a integração de sistemas”.
Não, esse não será um novo ramo de negócios para a Embraer, “a menos que surja um cliente com necessidade bem específica”. Na mesma linha, a companhia cuida da revitalização de 53 AMX, da FAB, e de 12 A-4 Skyhawk, da ala aérea do porta-aviões São Paulo. Significa um faturamento anual da ordem de US$ 100 milhões até 2016, afirma o vice-presidente.
Em consequência do bom desempenho, o Comando da Aeronáutica mantém o F-5EM, senão em sigilo, ao menos sob intensa discrição. O principal avião de combate da Força é uma evolução do tipo original do qual, desde 1964, foram fabricadas 3.806 unidades. Recebeu um novo painel com telas digitais coloridas de cristal líquido, comando unificado, computadores de última geração, capacidade para uso de capacete com visualização de sistemas e de lançamento de bombas guiadas por laser, de mísseis de alcance além do horizonte, armas antirradar e recursos para elevar o índice de acerto no emprego de bombas “burras”.
O principal diferencial incorporado, entretanto, é o novo radar Grifo, multimodo, com alcance de 80 quilômetros. Pode detectar até quatro diferentes alvos ao mesmo tempo, priorizando cada um deles pelo grau de ameaça.
Na sexta-feira, o piloto de ensaios Carlos Moreira Chester, um ex-caçador militar de 41 anos, levou o 4827 para os 13 mil metros. O voo, o terceiro antes da entrega para a FAB, só revelou problemas de rotina. Uma diferença de empuxo entre as duas turbinas e a dificuldade de leitura dos cartões de dados de navegação. O lado direito do canopy, cobertura transparente da cabine, está embaçado.
“Em combate é que se avalia como isso pode ser importante”, comenta Chester. Raro profissional, seu treinamento, no Comando de Tecnologia Aeroespacial, o CTA, de São José dos Campos, durou 45 semanas e custou US$ 1 milhão. A avaliação do piloto é a ponta do longo processo de recebimento pela FAB. Dele participam 15 técnicos da Força e 30 da Embraer.
O caça perdeu um de seus dois canhões de 20 mm originais, abrindo espaço para o radar. As outras medidas continuam iguais. O F-5EM Tigre, o nome completo, é esguio e mede 14,5 metros. Asas curtas, de 4 metros. Velocidade máxima de 1.900 km/hora a operacional não passa de 1.770 km/h. O alcance fica em 2,5 mil km, mas o caça pode ser reabastecido no ar. O armamento, além do canhão, é composto por dois mísseis ar-ar. Leva 3,2 toneladas de cargas de ataque.
FONTE/FOTO:O Estado de São Paulo, via Notimp/Poder Aéreo
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Interessante matéria. Mas na conta do Aéreo não estão incluídos os 11 F-5E/F da RFAJ, confere?
Penso ser uma pena e um desperdício que não os modernizemos também.
Sds.
Isso Vader, não estão.
Esta compra foi feita depois da assinatura do contrato de modernização dos F-5. Será necessário um novo acordo e novos recursos para modernizar, pelo menos, os Fox.
Enquanto não vem o FX vamos de F5 M.
Um bom trabalho da Embraer.
Em relação aos que chegaram da Jordania, o que se espera é que seja modernizados, mas da FAB podemos esperar tudo.
Boa máteria !!!
Abs.
Amigos,
O principal problema para modernizar os F-5 ex-Jordânia é obter os equipamentos para montar os kits de modernização.
Boa parte dos equipamentos aviônicos e de sistemas do F-5M já saíram de linha.
Reabrir essas linhas depende não só de muito $, mas também da obtenção de componentes.
Creio que esse problema torna pouco recomendável, em termos de custos, a modernização de F-5 adicionais.
Boa semana,
Justin
“Justin Case supports Rafale”
Justin, isso é vero? os aviônicos (kits) do F-5M já sairam de linha mesmo? sem nem mesmo termos recebido todos os F-5 modernizados? se sim… mais um ponto negativo para a relação EMBRAER x FAB ao meu ver… pode não ser para alguns “fabianos”, claro… mas se isso é verdade corremos o risco de ter de gastar verdadeiras fortunas para manutenção ou substituição de unidades…. pois ao que consta ficaremos por mais 15 anos com estes caças… a não ser que não haja acidente algum… e que nenhuma unidade eletrônica dê problema… caso contrário a EMBRAER vai faturar legal… denovo…… Read more »
Um pecado é este caça não levar 4 Derbys…
Justin,
Então pq pegaram esses adicionais, complicado
Que sinuca de bico heim !!!!
Não achei que deveríamos modernizar os mikes, mas….
Abs.
Boa parte dos equipamentos aviônicos e de sistemas do F-5M já saíram de linha.
Caro Justin Case, poderia citar quais seriam estes equipamentos que já saíram de linha? Estranho porque são em sua maioria equipamentos relativamente novos e usados em outras aeronaves.
Se isto for verdade, fico imaginando como a Elbit vai fazer para atender o CLS dos F-5M.
Amigos, O Projeto de Modernização do F-5 incorporou o que havia de mais moderno “off the shelf” em 2001/2002. Embora todos os fabricantes se comprometam a apoiar a operação e manutenção de tais equipamentos, as linhas de produção são fechadas assim que sejam lançados produtos substitutivos e não existam mais clientes para produtos novos daquele modelo anterior. Portanto, para obter equipamentos adicionais do modelo antigo, é necessário analisar a viabilidade técnica e econômica de reabrir a sua linha de produção. Outra solução é substituir o produto descontinuado por outro, mas isso traz problemas de padronização logística, além de requerer atividades… Read more »
Grifo, complementando:
O CLS é serviço de manutenção terceirizado.
São feitos inspeções e reparos em equipamentos já existentes no inventário.
O Contratado faz aquisição dos componentes necessários às tarefas de manutenção.
Se uma linha foi descontinuada, certamente o fabricante do componente ofertou o tal “last buy”, e a Aeroeletrônica, no caso, coordenou com a FAB a aquisição dos itens necessários para a realização dos serviços de manutenção (por um período acordado contratualmente).
Obs.: tudo isto é opinião. Não sou “insider” nem tenho fontes confiáveis sobre o assunto.
Abraço,
Justin
“Justin Case supports Rafale”
Estranho que aviônicos tenham sido descontinuados, quando a modenização dos A4 tenha sido contratada mais recentemente. Será qu eo pacote é inferior ao do F5M?
E Israel é o país que detém a maior e melhor tecnologia para retrofits. O problema com os F5 teria sido a baixa demanda? Outros países já reclamaram desse problemas?
“,,.O principal diferencial incorporado, entretanto, é o novo radar Grifo, multimodo, com alcance de 80 quilômetros….”
Que eu saiba e que sempre li, é que esse radar possui alcance de 50 quilômetros mas, se forem 80 mesmo nada a reclamar! rsrsrs!
Caro Justin Case, os principais sistemas do F-5M são similares ao que estão sendo usados na modernização do A-1 (AMX), com a notável exceção do radar Grifo. Como falei acho estranho que estes componentes tenham sofrido uma chamada de “last buy”, já que praticamente todos são COTS e amplamente utilizados em outras aeronaves, incluindo uma modernização que está se iniciando agora. O próprio radar meu xará ainda está em produção pela Finmeccanica e poderia ser adquirido para as demais aeronaves. Pessoalmente acho que teremos problemas mais sérios de padronização se não modernizarmos estas aeronaves. E isto não me parece ter… Read more »
Grifo, Sinceramente espero que você esteja errado. Instalar equipamentos no A-1 e no A-4 idênticos aos do F-5 vai limitar os resultados operacionais dessas aeronaves àqueles possíveis há uma década. No aspecto logístico, essa comunalidade absoluta com equipamentos do F-5 e do A-29 vai condenar as aeronaves do novos projetos a uma obsolescência precoce. Regra nº 1 para novos projetos: Sempre colocar o melhor equipamento disponível que o dinheiro possa comprar. Nesta época em que somos constantemente confrontados com a obsolescência de equipamentos eletrônicos, creio que opção por utilizar equipamentos defasados tecnologicamente (em um projeto novo), em nome da comunalidade,… Read more »
Realmente é muito estranho a descontinuidade dos aviônicos, se fosse assim a mesma logica se aplica a qualquer avião, como por exemplo o Super Tucano, que teve seu projeto anterior ao dos Mikes.
Abs
Discordo quanto ao off-topic do Justin Case: Há que se fazer um “corte” na tecnologia utilizada em algum momento, e esse momento (quanto aos Mike) foi definido pela FAB em 2002. Não há como ficar eternamente atualizando aeronaves, uma hora elas tem que ser entregues e ficar operacional para a Força. O que importa é essas aeronaves atingirem os requisitos exigidos quando da lavratura do contrato, e isso os Mike parecem ter atingido. Também discordo de que a modernização dos A-1 e dos A-4 vá criar problema de defasagem para estes, pelos mesmos motivos retrocitados: há que se “cortar” em… Read more »
Esqueci de fazer constar: ao contrário do que pensa o amigo Justin, o FX2 não foi pensado para, e nem de maneira alguma será, a panacéia para todos os males da FAB (muito menos para os da MB, que não tem qualquer participação no programa). Ainda veremos os Mike e AMX voando por muitos anos. E os A-4 da MB então provavelmente ainda os veremos por décadas.
Sds.
Off-topic do Jornal do Comércio, via Defesanet: http://www.defesanet.com.br/01_lz/fx2/100531_jces_decisao_final.html “Parecer sobre caças sai próxima semana O Ministério da Defesa entregará oficialmente na semana que vem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a indicação do modelo de caça de sua preferência, na compra de 36 aeronaves, em fase de negociação pelo governo. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da Presidência, após prolongada reunião do ministro Nelson Jobim com Lula, no Centro Cultural Banco do Brasil. Disputam o caça Rafale da francesa Dassault, o F-18 SuperHornet da americana Boeing e o Gripen NG da sueca Saab. De posse da exposição… Read more »
Vader,
Concordo.
Grato por expandir o conceito.
Abraço,
Justin
“Justin Case supports Rafale”
Parabéns aos debatedores pelo altíssimo nível das réplicas e tréplicas. Nível 130 ! Como o vôo de testes do novo Mike.
No mérito, é um pouco frustante conformar-se com um projeto aeronáutico dos anos 60, ainda que remodelada toda sua arquiteura eletrônica, e em que pese as dúvidas da solução de continuidade logística desses itens, para integrar a espinha dorsal da defesa aérea brasileira até 2021…
Parodiando post de outra página da trilogia, “Quem não tem Raptor caça de Mike…”
CPS em Plena forma !!!!
Abs.
Regra nº 1 para novos projetos: Sempre colocar o melhor equipamento disponível que o dinheiro possa comprar. Caro Justin Case, ainda bem que você inclui a parte sobre o “dinheiro possa comprar”. Como em todo projeto, existe uma análise sobre o custo x benefício. O dinheiro sempre tem limite ainda mais se falando de FAB. No caso dos A-1, estamos falando de uma modernização com vida útil de apenas aproximadamente 10-12 anos. Isto restringe bastante o valor que vale a pena se empregar no projeto. Vale lembrar por exemplo que vários componentes do A-1 já tiveram “last buy”, inclusive do… Read more »
Só um palpite: acho que teremos surpresas em breve.
Caros Amigos.:
O sistema aviônico do “F-5M” é semelhante ao do “F-16MLU” (O F-5M só perde para o F-16MLU em velocidade e carga de armas).
Isso foi provado no Cruzex quando os “F-5M” abateram os “Mirage 2000-5” da França e os “F-16” da Venezuela.
Agora vamos ver os “AMX A-1M” e os “AF 1 A-4M” da Marinha.
Abraços.
Continuando…
Já ouvi falar de uma suposta compra dos “F-5” da Suiça e quem sabe se no proximo contrato com a Embraer para modernização não encluam os “F-5” da Jordânia e os “F-5” da Suiça!!!
Agora quem vai subistituir os 12 caças “Mirage 2000”?
36 caças “Saab Gripen”, 36 caças “Dassault Rafale”, 36 caças “F/A-18 S H”… ou os caças “Mirage 2000-5” da então França ou E.A.U. caso o FX2 seja cancelado?
O que vai ser?
Abraço aos amigos do Blog…
Edmar: se melar o FX2 é certeza que os F-5 “jordanianos”, após transformados pro padrão Mike, acabarão em Anápolis. Esse é o Plano B da FAB. Possivelmente com a compra de mais Echo em algum lugar (Suíça, Malásia, Coréia do Sul, etc) para canibalizar/recompletar.
Esqueça Mirage: a FAB não quer mais nem ouvir falar deles…
Sds.
Uma pergunta:
Porque a FAB optou por comprar a M-2000
e não patronizar a frota apenas com F-5 e AMX?
Os F-5 modernizados são superiores os M-2000 e ainda têm custos menores…
zmun disse:
7 de junho de 2010 às 17:46
“Uma pergunta: Porque a FAB optou por comprar a M-2000 e não patronizar a frota apenas com F-5 e AMX?”
Caro, a FAB não optou nada. Foi o governo federal que decidiu comprar os M-2000 em 2003 (?) após cancelar o FX1, sob a alegação de que sobraria mais dinheiro pro “Fome-Zero”…
Sds.
zmun disse:
7 de junho de 2010 às 17:46
A compra dos M-2000 não foi exatamente uma decisão da FAB, mas sim de um certo ser marinho de 9 tentáculos, hehehe.
Abs
Fiquei sabendo que até agora os franceses só entragaram apenas uma fração das armas dos M-2000. Descumbriram os prazos na cara dura. E ainda tem gente defendendo os Rafale…
errada:
# descumpriram
Vader disse:
7 de junho de 2010 às 14:43
Parabéns pelo post!
abraço bro! mas não vai se acostumando com elogio não! rsrsrsrs
Tenho reservas em afirmar, passado tanto tempo, que a decisão tampão pelos Mirage 2000 tenha sido estritamente política. Mesmo ao cancelamento do FX, decisão condicionante àquela, circula rumores que a própria FAB gostaria de rever seu projeto de compra para permitir a participação de vetores mais próximos do “estado da arte”, com a esperança de maior orçamento, após a crise financeira de 2002. Àquela altura do campeonato os estados francês e brasileiro não tinham assinalado nenhuma proximidade privilegiada em matéria de defesa, e o caça oferecido à época pela Dassault, era um tal de Mirage 2000/BR, uma versão “abrasileirada” do… Read more »
Edmar, em 2008 os F-5M abateram o Mirage 2000C do esquadão Picardie (recentemente desativado), se não me engano, e estes eram com radar RDI de 80km de alcance… similar ao do F-5M… não contavam com os Micas… e sim os S530D, basicamente o mesmo caça que temos hoje no nosso GDA (estes, inclusive, já estiveram aqui, nas mãos dos franceses em 2004)… diferentemente da primeira Cruzex… onde veio, sim, o M2000-5-mica-RDY de 130km,… logo… algo aconteceu para que nós não enfrentássemos novamente os M2000-5-RDY-mica & Sentry… Sem o R-99 o F-5M não passa de um caça médio/razoável, com pouca autonomia… Read more »
Chicão, obrigado pelo elogio. Mas tendo a discordar da maneira como o amigo coloca as coisas em termos de combate aéreo, como se fosse uma simples comparação de dados fornecidos por fabricantes (fica parecendo joguinho de super-trunfo). “Designar o vencedor” de um eventual embate com base apenas em dados de alcance radar e outros quesitos me parece uma forma bastante simplista de ver a coisa. A realidade de um combate é muitissimo mais complexa do que isso. Super-trunfo é super-trunfo, treino é treino e jogo é jogo. E no “jogo” há muito mais variáveis do que simples números apanhados aqui… Read more »
Vader, que fique claro, elogio pela forma da defesa e colocação das idéias, e não tanto pelo conteúdo, do qual discordo de alguns pontos, mas são irrelevantes neste momento. Olha só… sobre combates aéreos… se a supremacia lógica e confirmada, neste caso, não serve para se traçar um hipotético mas provável desfecho… e “querer” contar apenas com o imponderável para mudar o rumo certo da “história”, então vc está certo… claro… a própria história já nos ensinou que o imponderável se fez presente… mas justamente por isso ele leva este “estigma”… na grandissíssima maioria das vezes venceu o “provável”… pela… Read more »
Vader, só me diz uma coisa: o que o F-5E fez, fato, não blálblá-blá, em termos de guerra, se comparado com o Mirage? e estou falando apenas do MIII… isso é mensurável meu amigo! assim como o sucesso do F-15!
Sds!
2 considerações: Não sei quais as capacidades do F-5EM, pois nunca foi testado em combate. O que sei é que são células da década de 70 com recheio da década de 90, já que a modernização também veio tarde. Neste pondo concordo integralmente com o Francisco. O que a FAB fez foi louvável: pegou o que tinha no inventário, cuja manutenção é feita aqui em todos os nívels e cuja operação não é nenhum segredo, cujo custo de adaptação é baixo, visto que é uma célula que grande parte dos pilotos de primeira linha voa, e modernizou de acordo com… Read more »
Caros Amigos.: Eu concordo em quase tudo o que vocês comentaram, mas, eu já ouvi dizerem que uma comissão do governo andou visitando um angar da Força Aérea dos E.A.U. Possivelmente seria uma visita aos “Mirage 2000-9” daquela força. O que dá para entender é que possivelmente (não que a FAB queira) mas se o FX2 for cancelado é quase provável que vamos pilotar os “Mirage 2000-9” dos E.A.U. ou os “Mirage 2000-5” da Força Aérea Francesa. Na minha opnião, antes ter alguns “Mirages” modernos do que ter apenas “F-5M” voando pela FAB. Agora o que nos resta é apenas… Read more »
Continuando…
A quem diga que os “Mirage 2000-5” seriam ligeiramente melhores que os “F-16MLU”.
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Agora em minha opnião se o FX2 for cancelado, então poderiamos adquirir nesse caso uns 48 caças “Mirage 2000-5” e equipar 4 esquadrões, sendo, 12 caças em Canoas RS, 12 caças em Santa Cruz RJ, 12 caças em Anápolis GO e 12 caças em Manaus AM.
Os “F-5M” poderiam ser divididos e equiparem esquadrões em Natal RN e outras bases estratégicas do país.
Abraços aos amigos.
Chicão talvez tenha me expressado mal, pelo que peço excusas. O que quis dizer é que em termos de combate aéreo o imponderável é a REGRA. O equipamento apenas tenta diminuir as chances deste prevalecer, mas apenas o treinamento responde por cerca de 50% de qualquer combate. De maneira que acho (minha e só minha opinião) um tanto leviano ficar comparando dados, especialmente os dados aparentes, fornecidos por fabricantes e encontráveis na wikipedia, que temos acesso (e não os secretos, que absolutamente não sabemos), e com base em tal comparação decretar, como numa fátua, que tal e tal aeronave venceria,… Read more »
Nossa, agora que vi, exceção é com cedilha e não 2 S´s, geeeezz… 🙂
Discordo Vader, a história pode mostrar o imponderável bem presente, porém na grande maioria das vezes o melhor equipamento aliado ao bom treinamento venceu todas! pois o imponderável não deve ser confundido com ônus ao melhor… pode ser que em uma determinada ação tática, pela presença do imponderável, se torne até mais fácil do que deveria… mas lembrando a história… citada por vc… Coreia, onde o Mig-15, com certa inferioridade de treinamento dos pilotos coreanos principalmente, superou os F-80 e F-84 americanos, depois… com a entrada do Sabre, que mesmo assim não tinha grande superioridade sobre o Mig-15, as coisas… Read more »
Tudo bem Chicão, discordo, mas tá tudo certo.
Então estamos “discordados”! rsrsrsr
Sds!
só para complementar,
os M2000 combateram na primeira guerra do golfo, na Bosnia, em Kosovo…
Hehehe, Chicão, o AMX que o amigo tanto critica também… e no entanto sabemos que tanto o AMX na Bósnia quanto o M-2000 no Golfo cumpriram apenas missões secundárias ou de ataque/interdição.
Abraço.
PS: vem cá, sinceramente acho ótimo que tenhamos visões diferentes do combate aéreo. A unanimidade sempre é burra.
sempre Felipe!
ah, os M2000 no Iraque enfrentaram AA e SAMs com mais freqüencia…
Hehehe Chicão, os sérvios tanto tinham AA e SAMs que derrubaram um F-117, coisa que os “Sadâmicos” não conseguiram…
Não conseguiram? quantos anos antes? he he mesmo! o Saddan tinha AAs e SAMs numa “quadra” o que os sérvios tinham no país todo…
Já se sabe de ante mão que o F-117 foi derrubado pela soberba dos planejadores e pilotos que nem se importavam mais com as defesas… achando que tudo estava resolvido nesta área… deu no que deu… já no Iraque foi tudo muito bem arquitetado… isso quase uma década depois… uma curiosidade é que depois disso o F-117 “sumiu” do cenário… e na sequëncia saiu de cena… para sempre…
Hehehe, Chicão, procê ver como o imponderável acontece e como treinamento é tudo: o fabuloso F-117 derrubado por meia dúzia de SAMs dos sérvios…
Abs.